17 de jul. de 2012

A importância da Respiração

O SNA é a parte do nosso sistema nervoso que é responsável pela regulação de nossas funções vitais e que não estão sob o comando de nossa vontade. O SNA é o nosso grande regulador interno. Uma área do cérebro chamada hipotálamo é a grande integradora de suas funções. Ele integra o que chamamos de supersistema neuro-imuno-endócrino, constituindo uma única unidade funcional. Uma alteração em um desses sistemas certamente afetará os outros. Por exemplo, se nos sentimos permanentemente preocupados, frustrados, chateados e com problemas, acabaremos afetando nosso sistema de defesa imunológico, nosso sistema hormonal (endócrino) e nos estaremos predispostos a apresentar alguma dor, por mudanças em nosso sistema neurológico . O SNA nos capacita a enfrentar melhor as adversidades do meio ambiente, quer sejam estressores emocionais ou perigos reais à nossa integridade física. Cada vez que o organismo se encontra sob ameaça, uma parte do SNA ,chamado sistema nervoso simpático, é acionado. Ele prepara o corpo para “lutar ou fugir”. Depois que o perigo cessa, a contraparte, que se chama sistema nervoso parassimpático, entra em ação para que o organismo volte à normalidade. Se esse sistema não for “desligado”, por estar disfuncionado, ou por sofrermos agressão contínua de estressores, o organismo apresentará disfunções hormonais, hipertensão, alterações no sono, na fome, cansaço crônico etc. Por isso, para termos saúde, é preciso que o SNA esteja funcionando adequadamente. A acupuntura age sobre esse sistema, pois o estímulo com agulhas leva ao cérebro impulsos que regulam a função do SNA, levando o organismo ao equilíbrio. A prática de meditação, ioga, técnicas de controle mental (filtrar os estímulos exteriores que nos afligem) e técnicas respiratórias são aprendizados úteis que ajudam também a normalização desse sistema. Os monges e iogues estão sempre equilibrados mentalmente, passando a ideia de que nada os afeta, e isso se deve ao fato do trabalho mental dedicado à espiritualidade e também porque meditam longas horas por dia. E durante a meditação há sempre o exercício de uma respiração controlada, que é favorável à manutenção de nossa saúde. Hoje a ciência explica os efeitos da respiração sobre o nosso sistema nervoso autônomo e comprova como as técnicas de controle mental e respiratório ensinadas há milênios são úteis na manutenção de nossa saúde mental e física. Exemplo de respiração terapêutica: Respiração Pranayana. Tente fazer esse exercício deitado sobre suas costas. A respiração deve ser diafragmática lenta e mais profunda. Um ciclo de inspiração mais expiração deve durar em média 10 segundos. Sendo que a inspiração dure 3 segundos e a expiração dure 7 ou mais segundos. Deve-se inspirar até a plenitude do pulmão, observando o abdômen se expandir (experimente colocar as mãos sobre o abdômen para sentir seu movimento). E na expiração, o abdômen vai murchando, levando o dobro do tempo (experimente deixar seus lábios relaxados e entreabertos, controlando a saída do ar com sua língua encostada no céu da boca). Deve-se expulsar o ar dos pulmões aos poucos, de forma a controlar a duração do tempo que o ar leva para ser expulso do pulmão. Nesse processo de lentificar a respiração, a frequência cardíaca também lentifica, levando ao relaxamento da mente e do corpo. Isso é usado para controlar crises de ansiedade extrema, síndrome do pânico, cefaleias tensionais etc. Com disciplina de prática de 10 a 20 minutos diários, esse exercício funciona como uma “academia” para o nosso sistema nervoso. Assim como vamos à academia para condicionamento físico e não sofrermos de dores no dia a dia, treinar o SNA através dessa técnica respiratória é preparar o organismo para voltar ao normal com mais rapidez e facilidade, especialmente quando for submetido ao estresse. Portanto, precisamos urgentemente dedicar alguns minutos de nossa vida para acionarmos esse sistema fantástico de autorregulação interna. Vivendo uma vida plena, com a calma e a tranquilidade de um monge, com a mente produtiva e lúcida, enfrentando de maneira equilibrada todas as atribuições da vida moderna. Autora: Jeanne Ming Chao , MD - CRM: 14122

Artrite Reumatóide

Tem como etiopatogenia ser uma doença inflamatória articular ou auto-imune atingindo 1% da população adulta. Doença crônica, inflamatória das articulações, embora também possa ocorrer em outras partes como pulmão e coração, vasos sanguíneos e olhos. Acomete 1 a 1,5% da população em geral. É mais prevalente em mulheres e, em geral, de início dos 30 aos 50 anos. Não se conhece a causa, mas pode existir pré-disposição genética. A Artrite Reumatóide é uma doença auto-imune o que significa que o sistema imunológico (de defesa) do corpo ataca suas próprias células e tecidos saudáveis. A resposta do corpo provoca inflamação em torno das articulações. A forma mais freqüente é uma artrite simétrica, de instalação lenta e progressiva. Costuma iniciar nas pequenas articulações, em especial das mãos e punhos. Pode também iniciar de forma assimétrica e monoarticular e em grandes articulações. Tem como característica a rigidez matinal de mais ou menos 1 hora, isto é, ao acordar há uma dificuldade no funcionamento articular. Cerca de 20% dos pacientes podem apresentar nódulos ou caroços em baixo da pele que se chama Nódulos Reumatóides e a região mais propensa é perto dos cotovelos. A evolução da doença reumatóide cursa com períodos de remissão e/ou exacerbação dos sintomas. O curso clínico é variável, alguns pacientes podem desenvolver manifestações oligoarticulares de curta duração e mínimo dano, enquanto outras podem apresentar poliartrite com importantes deformidades e anquilose articular. As deformidades das mãos mais comuns na Artrite Reumatóide são: - Edema fusiforme: Sinovite nas IFPs, dando a aparência de fuso. - Deformidade em botoeira: flexão da IFP e hiperextensão da IFD, causada pelo enfraquecimento da bainha de deslizamento central do tendão extensor extrínseco e deslocamento palmar das bandas laterais. Essa deformidade assemelha-se à junta dos dedos sendo empurrada através de uma botoeira. - Deformidade em pescoço de cisne: É conseqüência da contração dos flexores na MCF, resultando na contratura em flexão da MCF, hiperextensão da IFP e flexão da IFD. - Desvio ulnar dos dedos com subluxação das MCFs. O diagnóstico da Artrite Reumatóide pode ser difícil nos estágios iniciais, por que os sintomas podem ser muito sutis. Além de uma boa história médica, exame físico cuidadoso, procedimentos de diagnóstico incluem: - Exames laboratoriais - Exames de imagem - Biópsia nodular - Artrocentese (quando há derrame articular ou bursas aumentadas de volume, se punciona o líquido sinovial para pesquisa laboratorial) Origem Neurogênica da Dor Articular: Jason J. Mc. Dougall, revisa o que é conhecido sobre a origem da dor articular. Processos neurobiológicos iniciam na articulação, dando origem a sinais neurais e que são, em última análise, decodificados pelo Sistema Nervoso Central, em percepção da dor. Articulações do joelho são ricamente inervadas por nervos sensoriais, e simpáticos. Fibras simpáticas pós-ganglionares terminam próximas a vasos sanguíneos articulares, onde regulam o fluxo sanguíneo das articulações. A função primária dos nervos sensoriais é de detectar e transmitir informações da articulação para o sistema nervoso central. Fibras nervosas aferentes são quiescentes em articulações normais, porém, após lesão de tecidos ou indução de inflamação, estes nociceptores se tornam ativos e enviam informações noxiosas para o sistema nervoso central. No local da lesão, ocorre liberação de mediadores químicos que aumentam a excitabilidade da via nociceptiva, e tem o efeito de tornar as atividades diárias dolorosas. A multiciplicidade de mediadores envolvidos proporciona uma oportunidade para a intervenção terapêutica como Acupuntura Neurofuncional, Fisioterapia e agentes farmacológicos. Siglas: IFP= inter-falangicas proximais ; IFD=inter-falangicas distais ; MTCF= metacarco-falangicas. Tratamentos: Visam melhorar a qualidade de vida, tentando manter a função articular e proteger deformidades. É importante o início dó tratamento precocemente para diminuir a possibilidade de lesões inevitáveis, uma vez que a cura não é conhecida, mas medicações eficientes no início da doença podem evitar a progressão mais rápida e seqüelas. Utilizam-se medicações antiinflamatórias, drogas modificadoras de doença (Dmar ou de ação lenta) e biológicas. Muito importante utilizar-se de fisioterapia, atividade física programada, acupuntura e uma alimentação orientada.

16 de jul. de 2012

Síndrome de Sjögren

A síndrome de Sjögren (SS) é uma doença autoimune crônica, que atinge principalmente as células epiteliais das glândulas exócrinas, em especial as glândulas lacrimais e salivares. A sintomatologia que caracteriza a doença, e que a maioria dos pacientes apresenta, é secura dos olhos e da boca, edema das glândulas parótidas, e artralgias. A sintomatologia e a condição da síndrome diferem de indivíduo para indivíduo, sendo predominante no gênero feminino. Na medicina ocidental, a etiologia e a patogênese desta síndrome ainda não estão bem esclarecidas, sendo habitual o uso de corticoides e imunossupressores no seu tratamento, muitas vezes com reações adversas. De acordo com as manifestações clínicas, esta síndrome enquadra-se na categoria de Medicina Chinesa (MTC) de “síndrome de Secura”, “Bi-Secura (痹)”. O tratamento pela Medicina Tradicional Chinesa pode aliviar significativamente os sintomas e aumentar a qualidade de vida dos pacientes.

Aglomera não!