9 de mai. de 2013

CAMPINAS REDUZ 12,5% NO USO DE ANTIINFLAMATÓRIOS




Os países do primeiro mundo conseguiram crescer por meio das parcerias da iniciativa privada com o serviço público. No Brasil, onde os sistemas de saúde têm grandes deficiências, não pode ser diferente. A maioria da população não tem acesso a medicamentos, planos de saúde e seguradoras, é mal atendida nos estabelecimentos públicos e muitos privados, além das péssimas condições de trabalho dos profissionais da saúde, principalmente os médicos. Esse arsenal de problemas fez com que a  Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA), levasse à frente um projeto de capacitação profissional em Acupuntura, junto com a Coordenadoria de Saúde Integrativa de Campinas (SP), cujos desdobramentos tornaram o plano um exemplo a ser seguido em todo o pais.
No final de 2005, essa parceria promoveu um curso para treinamento de médicos na prática da Craniopuntura de Yamamoto – Yamamoto New Scalp Acupuncture (YNSA), um sistema criado em meados de 1970 pelo médico Toshikatsu Yamamoto. Essa técnica aplica agulhas menores em um microssistema localizado na cabeça do paciente e que representa o corpo todo. É indicada para diversos tipos de dor e seqüelas neurológicas de AVC’s como hemiplegia, paraplegia, paralisia facial e parestesias. O sistema é interessante porque substitui as macas por cadeiras ou poltronas, com ganho de espaço nos consultórios e ambulatórios.
Dessa forme, ainda em 2005, houve a oportunidade para que 60 médicos já capacitados pudessem participar do Simpósio Internacional Brasil/Japão, na cidade de São Paulo, com a presença do Dr. Toshikatsu Yamamoto. Em seguida, no início de 2006, Campinas criou o primeiro ambulatório para controle da dor e outras moléstias baseado nessa técnica.
REDUÇÃO DE ANTIINFLAMATÓRIOS
O uso de medicamentos para alívio da dor é sempre um problema por causa dos efeitos colaterais, como gastrites, lesões hepáticas e renais.  Em Campinas, durante 2003, o consumo mensal de antiinflamatórios foi de 534.336 comprimidos de diclofenaco de sódio; em 2004, a média mensal foi de 601.856, e em 2005 de 644.366.
Em 2006, o consumo mensal esperado era de 700.000 comprimidos de antiinflamatórios. Mas, a média mensal ficou em 570.000 comprimidos. O fato mostra a redução de 74.336 comprimidos ou 12,5% em relação ao ano passado, uma resposta direta à maior utilização da craniopuntura.
De acordo com o coordenador de Saúde Integrativa, Dr. Willian Hyppolito Ferreira, o sucesso e os bons resultados do projeto devem-se à iniciativa levada adiante em conjunto com a AMBA, que ministrou diversas aulas para os médicos de Campinas. E, também, à dedicação dos que estão realizando a técnica nas Unidades Básicas de Saúde e outros locais. A iniciativa reduziu a dor dos pacientes, enquanto realizam as hipóteses diagnósticas necessárias, e os respectivos tratamentos de cada doença.
Hoje, 95 médicos da cidade já utilizam essa técnica nos quadro dolorosos de seus pacientes, correspondendo a 10% por cento de médicos da rede municipal de saúde local. 
Segundo o presidente da AMBA, Dr. Ruy Tanigawa, outro trabalho semelhante foi realizado recentemente em Piracicaba (SP). “Pretendemos estender a realização deste e outros cursos em várias regiões do Estado de São Paulo e do Pais”. Com isso, a AMBA dá um suporte mais eficiente à saúde da população, e a custos menores em função do menor uso de medicamentos. Além disso, trata-se de uma de atualização técnica gratificante para o médico, que constata  uma recuperação mais rápida de seus pacientes”, disse o Dr. Ruy.
A maioria dos pacientes das redes públicas de saúde e até uma boa parcela da rede privada, deixa os tratamentos por causa do mau atendimento e custos elevados dos medicamentos. E, por conseqüência, deixa de procurar o médico por este mesmo motivo. Passado algum tempo, esse paciente retorna, muitas vezes com outro médico, mas seu quadro clínico está agravado por causa da evolução da doença. Daí a necessidade premente do estabelecimento de políticas públicas de saúde realísticas, onde todos tenham oportunidades. E, principalmente, com respeito à hierarquia e funções do médico. Afinal, saúde é um direito do cidadão e não massa de manobra política ou favor como querem alguns governantes.
Fonte: AMBA NEWS

MEDICALIZAÇÃO DA VIDA

(*) Dr. Cid Velozo
 A “medicalização” da vida é a transformação de situações normais da existência humana em objetos de abordagem por profissionais de saúde, utilizando medicamentos e equipamentos. Eventos como nascimento, morte, adolescência, menopausa, envelhecimento, atividade sexual, distúrbios digestivos e outros, são transformados em situações clínicas. Nessas situações, é preciso desenvolver atitudes e ações destinadas a promover a qualidade de vida e prevenir doenças, mas o que acaba ocorrendo é o uso indiscriminado e em larga escala de medicamentos.
 O filósofo Ivan Illich, em seu livro A Expropriação da Saúde (1975), já alertava para esse tema, criticando a crescente apropriação da saúde, até mesmo reduzindo a autonomia das pessoas para resolver ou encaminhar seus próprios problemas. Em artigo publicado na revista Le Monde Diplomatique, em maio de 2006, Moynihan e Wasmes denunciaram o movimento da indústria farmacêutica, que vem há longo tempo procurando produzir remédios para as pessoas saudáveis.
 O marketing é empregado para criar novas doenças ou novas síndromes, dar novos nomes e destacar a importância de problemas funcionais, para induzir o uso de medicamentos. Essa situação é muito grave, especialmente nos Estados Unidos, que têm menos de 5% da população mundial e representam cerca de 50% do mercado de medicamentos. Medicamentos de uso discutível em pessoas saudáveis, como vitaminas, hormônios sexuais, medicamentos para diminuir a taxa de colesterol, antidepressivos, vaso-dilatadores, antibióticos para uso “profilático”, antiinflamatórios, psicotrópicos, além de outros, são, atualmente, largamente usados sem necessidade cientificamente comprovada.
 Os medicamentos usados para diminuir a taxa de colesterol, por exemplo, formam um dos grupos mais usados no mundo, o que é alimentado pelo verdadeiro terrorismo veiculado pela imprensa leiga, com o propósito de evitar doenças circulatórias. São remédios potentes, muito importantes no arsenal terapêutico moderno, mas não podem ser usados apenas porque o valor numérico do colesterol no sangue está acima do que é considerado normal – isso seria como se estivesse sendo tratado um número e não uma pessoa.

 É evidente que, se as astronômicas quantias gastas com medicamentos de elevado custo, fossem utilizadas de modo eficaz em campanhas e ações permanentes contra o tabagismo, alcoolismo e outras drogas, estímulo à atividade física, alimentação saudável, orientação sexual e outras ações preventivas, o efeito sobre a saúde humana seria muito mais eficiente. Profissionais de saúde e a população devem ficar alertas e exercer seu espírito crítico em relação ao uso de medicamentos, que devem ser empregados apenas em situações específicas, para obter benefícios cientificamente comprovados.
 (*) Cid Velloso – Ex-Reitor da UFMG e presidente da Associação Médica de Minas Gerais

 Nota do editor: A Medicina Tradicional Chinesa, com milênios de existência, não "criava" doenças para aplicar seus tratamentos. Ao contrário, priorizava a medicina preventiva que vê, como hoje, o homem sendo um todo - corpo e mente. Além disso, não trata partes especificas, e é também conhecida como Medicina Energética, por beneficiar o corpo todo independente do que se está tratando. Seus tratamentos quase não têm efeitos colaterais o que permite seu uso numa vasta gama de pacientes. O bem-estar (físico e psicológico), e conforto do paciente sempre foram as prioridades em qualquer terapia dessa medicina.

Pesquisa inédita mostra que Acupuntura pode ser útil nos casos de infarto e angina

ACUPUNTURA PODE DILATAR ARTÉRIA CORONÁRIA “As Influências Clínicas do Efeito da Acupuntura nas Doenças Coronárias”, foi a pesquisa inovadora que o Dr. Zhou Xiao-Qing assumiu em 1992 como vice-diretor da Universidade de Medicina Tradicional Chinesa (MTC) de Hunan - China. 

O trabalho foi pioneiro no uso da angiografia coronária para observar os resultados da aplicação de Acupuntura no ponto C6, um dos locais onde, na ocorrência de problemas agudos, há acúmulo do Qi (energia vital do organismo). Por meio do estudo, comprovou-se que o estímulo deste ponto auxilia a regularização da circulação do Qi na área afetada, ao dilatar a artéria coronária. Puncionar este local pode resolver, portanto, inúmeros problemas de saúde relacionados ao entupimento de vasos e prevenir outros, tais como enfarto e angina. 

 Foram aplicadas sessões de Acupuntura em 40 pacientes com sintomas variados, como aperto no peito, palpitação, respiração curta, dores no coração. Em parte deles, o tratamento foi aplicado uma vez por semana. Os demais receberam aplicações diárias. Em ambos os casos, comprovou-se a eficácia da aplicação da Acupuntura para melhorar os sintomas clínicos das doenças coronárias, influenciando na freqüência, no nível e no tempo de duração das dores e melhorando o funcionamento cardíaco de maneira geral. 
 Concluiu-se também que, com maior número de aplicações, mais sintomas são solucionados. A freqüência e a duração das dores, por exemplo, só diminuíram consideravelmente nos pacientes em que a aplicação foi diária. 
 A pesquisa ganhou o 3º Prêmio de Desenvolvimento Científico do Estado de Hu Nan. Na palestra que fará no Congresso da AMBA, o Dr. Zhou detalhará os métodos e resultados e falará das aplicações práticas deste estudo. O pesquisador se formou em 1978 e obteve doutorado em 1998. Especialista de destaque, já recebeu 4 prêmios de Progresso Científico pela Província de Hunan e 6 pelo Ministério da Educação da China 

Fonte: AMBA MED

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