3 de dez. de 2011

Diferenças de dor no Homem e na Mulher

Objetivo da IASP (International Association for the of Pain) de concentrar em 2008 a atenção da comunidade internacional sobre a dor na mulher leva ao tema da relação entre sexo, gênero e dor. Por isso, compreendemos a diferença biológica de seres humanos portadores. de dois cromossomos X e um cromossomo Y e X. Por gênero, compreendemos pessoal e social do ser masculino e feminino.
Idade e sexo são importantes. na expressão de dor ?
Há vários relatos de condições clinicas onde a idade influencia na expressão de dor no homem e na mulher (LeResche, 2006).
Dentre os exemplos dessa diferenças etárias citamos a cervicalgia, dores nos ombros, dores abdominais, cefaléia tensional, enxaqueca e disfunção têmporo- mandibular.
A cervicalgia e dor articular dos ombros incrementam-se com a idade ( 20 a 56 anos) de 10,8% para 26,8% nos homens e de 19% para 36,3% nas mulheres. Do mesmo modo, as dores articulares em geral crescem predominantemente nas mulheres após os 45 anos (Hasvold & Johnson, 1993). Por outro lado, dor abdominal contrariamente decresce, com a idade, continuando, entretanto, predominantemente nas mulheres ( Agreus ET AL. 1994).
As cefaléias tensionais e enxaquecas na fase adulta predominam nas mulheres e oferecem a vantagem de diminuir com a idade. A exceção é o fato de na infância haver leve predomínio de homens ( Scheer ET AL.,1999)
As disfunções têmporo- mandibulares têm prevalências semelhantes ás da enxaqueca (LeResche, 1997).
Da maneira geral, o risco de desenvolver dor é maior em mulheres do que em homens na fase adulta mediana, diminuindo essa diferença após os 45 anos idade, porém, há condições com o cistite intersticial, dor articular e fibromialgia que persistem por mais tempo ( Greenspan ET AL.,2007).
Fatores que influenciam as diferenças de sexo e gênero na experiência de dor.
Esses fatores incluem aspectos fisiológicos, perceptivos, sociais e comportamentais, além, e principalmente, dos fatores hormonais.
Os estudos de nocicepção são ainda inconclusivos porque a maioria se baseia em animais e a extrapolação é complexa. Porém, estudos de imagem e de resposta a analgésicos podem oferecer futuros subsídios acerca dessa questão ( Derbyshire ET AL.,2002).
A mulher tem maior capacidade perceptiva e seu limiar sensitivo é mais baixo que no homem ( Aloisi, 2000), o que poderia refletir-se na diferença dos sexos na percepção da dor, o que, entretanto, não tem sido confirmado de forma clara em estudo de laboratório
( Derbyshire ET AL.,2002), possivelmente por envolver fatores culturais ( LeResche, 1995).
Comportamentalmente, a mulher ocidental relata mais dor que o homem e procura mais freqüentemente as clinicas de dor do que o homem ( Robinson ET AL.,2001).
A influência da dor sobre o papel funcional social do homem e da mulher é também diverso, porém, o absenteísmo ocorre em maior instância em mulheres com cefaléia. No que diz respeito às lesões músculo- esqueléticas associadas à dor lombar, as mulheres demoram mais a retornar ao trabalho que os homens, possivelmente por seus outros papeis como domestica e mãe. Porém, ao retornar, permanecem mais tempo do que os homens ( Stewart ET AL.,2003).
Fatores Hormonais e dor
A maior prevalência da dor na mulher, em parte das condições clinicas, repousa em parte nas variações hormonais que ocorrem.
Estudos com adolescentes entre 11 e 17 anos revelaram crescimento do sintoma dor com o desenvolvimento da puberdade.
Por outro lado, em mulheres adultas o declínio ou flutuação dos níveis de estradiol tem relação com maior incidência de dor, enquanto que a elevação desses níveis é paralelo a um declínio da dor ( LeResche, 2006; Greenspan ET AL., 2008).
Outros fatores
Cultura e raça também parecem interagir com gênero na experiência com dor , o que pode dever-se a mecanismo sócio- culturais e diferenças raciais( Myers ET AL.,2003).
Condições Clinicas
Algumas doenças dolorosas são mais prevalentes em mulheres do que em homens e vice- versa. Alguns exemplos estão mostrados na tabela abaixo.
Algumas condições clinicas dolorosas comuns mais prevalentes em mulheres e homens
Mulheres Homens
Enxaqueca com aura Enxaqueca sem aura
Cefaléia tensional crônica Cefaléia em salvas
Hemicrania continua ou paroxística Cefaléia pós-traumática
Neuragia do trigêmeo Tumor de Pancoast
Disfunção têmporo-mandibular Tromboangeite obliterante
Odontalgia atípica Avulsão de plexo braquial
Síndrome de ardência bucal Doença pancreática
Arterite temporal Úlcera duodenal
Síndrome do túnel do carpo Neuralgia pós-herpética
Fibromialgia Espondilite anquilosante
Esofagite de reflexo Neuralgia parestética
Síndrome do cólon irritável
Esclerose múltipla
Artrite reumatóide
Dor psicogênica
Colecistite
Constipação crônica
Porfiria intermitente aguda
Apud Greenspan et al. (2007)-resumido

Analgesia em Mulheres e Homens
Outro aspecto de interesse recente importante é o efeito diverso de analgésicos em mulheres e homens. Por sua maior prevalência em dor, as mulheres utilizam mais comumente analgésicos. Algumas drogas como antiinflamatórios, serotoninérgicas e opióides têm sido objetivo de estudo comparativo entre mulheres e homens. Tais estudos têm apresentado dificuldades de desenho tais como o numero de participantes prevalecendo mulheres e as diferenças farmacogenética. Por exemplo, os opióides agonistas K parecem ser mais eficazes em mulheres (Holdcrft & Berkley, 2006).
Em conclusão, ao abordar o paciente com dor, dever-se-á atentar para diferença de sexo e gênero, a idade, os períodos mensais na mulher, e futuramente, o padrão genético para expressão de dor e efeitos de fármacos.

Dr. Carlos Maurício de Castro Costa
Prof. Titular de Neurofisiologia /UFC
Vice-Presidente da SBED

Agulhas aliviam os efeitos colaterais da radioterapia


Em 70% dos pacientes com tumores de cabeça e pescoço em tratamento no Centro Médico Naval de San Diego, nos Estados Unidos, esse mal-estar desapareceu após sessões de acupuntura. A boca seca é outro efeito colateral que melhora com as sessões de acupuntura.
Acupuntura resolve dores crônicas
Estudo alemão com mais de 40 mil pacientes comprovou a eficácia da Acupuntura. As agulhas conseguiram eliminar dores crônicas dos mais diversos tipos, na cabeça, nas costas e até nas juntas, em 90% dos voluntários. Em mais da metade dos pacientes o alívio veio em apenas duas semanas de tratamento, ou quatro sessões de acupuntura. Somente 2% precisaram de mais de dez aplicações. Os efeitos colaterais, como irritações no local da picada, aconteceram em menos de 1% dos avaliados.

ESPECIALIDADE: ACUPUNTURA

A acupuntura segue com uma aceitação cada vez mais ampla como uma modalidade médica eficaz no tratamento de diversas doenças no Brasil. Há três anos o Conselho Federal de Medicina confirmou-a como uma especialidade médica. Agora foi a vez da Associação Médica Brasileira fazer o reconhecimento oficial e integrar o Colégio Brasileiro de Acupuntura ao Conselho de Especialidades da AMB.

Executivos na ponta da agulha

É cada vez mais freqüente a presença de executivos nas boas clínicas de acupuntura
Matéria publicada em 28 de dezembro na Gazeta Mercantil, escrita por Álvaro Oliveira, mostra que a tensão do meio empresarial, as crises e ameaças de recessão e desemprego estão levando cada vez mais empresários e executivos aos consultórios. O stress é, em cerca de 70% dos casos, a motivação preferida das visitas, mas na lista aparecem problemas respiratórios, dores nas costas provocadas por tensão, problemas dermatológicos, entre outros.
O aumento da freqüência nas clínicas especializadas é atribuído aos bons resultados que a acupuntura obtém nos tratamentos destes males. No caso das dores e tensões, o sucesso deve-se à liberação da endorfina, um calmante natural produzido pelo organismo. Já no sistema digestivo, ela age como regulador do movimento do tubo digestivo e colabora no tratamento da colite, prisão de ventre e úlcera. No sistema emocional, as agulhas agem também na liberação da endorfina, amenizando a angústia e ansiedade. A matéria cita o caso da publicitária Isabel Zanini, que se livrou, com a acupuntura, da dependência de três anos do tranqüilizante Lexotan.

Interesse publico: Água e envelhecimento

Sempre que dou aula de Clínica Médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta: "Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?"
Alguns arriscam: "Tumor na cabeça:".Eu digo: "Não".Outros apostam: "Mal de Alzheimer". Respondo, novamente: "Não". A cada negativa a turma espanta-se. E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais comuns: diabetes descontrolado; infecção urinária; a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa. Parece brincadeira, mas não é. Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos. Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam se com rapidez. A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira"), angina (dor no peito), coma e até morte.
Insisto: não é brincadeira.
Ao nascermos, 90% do nosso corpo é constituído de água. Na adolescência, isso cai para 70%. Na fase adulta, para 60%. Na terceira idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento.
Portanto, de saída, os idosos têm menor reserva hídrica. Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.
Explico: nós temos sensores de água em várias partes do organismo. São eles que verificam a adequação do nível. Quando ele cai, aciona-se automaticamente um "alarme". Pouca água significa menor quantidade de sangue, de oxigênio e de sais minerais em nossas artérias e veias. Por isso, o corpo "pede" água. A informação é passada ao cérebro, a gente sente sede e sai em busca de líquidos.
Nos idosos, porém, esses mecanismos são menos eficientes. A detecção de falta de água corporal e a percepção da sede ficam prejudicadas. Alguns, ainda, devido a certas doenças, como a dolorosa artrose, evitam movimentar-se até para ir tomar água.
Conclusão:idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Além disso, para a desidratação ser grave, eles não precisam de grandes perdas, como diarréias, vômitos ou exposição intensa ao sol.
Basta o dia estar quente - e o verão já vem aí - ou a umidade do ar baixar muito - como tem sido comum nos últimos meses. Nessas situações, perde-se mais água pela respiração e pelo suor. Se não houver reposição adequada, é desidratação na certa. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.
Por isso, aqui vão dois alertas.
O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Bebam toda vez que houver uma oportunidade. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite. Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro. Lembrem-se disso!
Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos aos idosos. Lembrem-lhes de que isso é vital.. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção. É quase certo que esses sintomas sejam decorrentes de desidratação. Líquido neles e rápido para um serviço médico. Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Fonte : Dr. Hong Jin Pai

2 de dez. de 2011

Medicina Tradicional Chinesa versus Medicina Ocidental Alopática

Quais são as diferenças básicas entre as medicinas ocidental e chinesa?

Primeiro, os princípios subjacentes e as abordagens de ambos sistemas são diferentes. A medicina ocidental separa os problemas físicos dos problemas mentais e emocionais, enquanto que, a medicina chinesa aborda as enfermidades de uma maneira holística. Segundo, a medicina chinesa usa a medicina natural  em oposição a medicina ocidental que usa análogos sintéticos de produtos naturais. Terceiro, a medicina chinesa, diferentemente da medica ocidental, não isola os distúrbios emocionais ou nutricionais das desordens físicas no tratamento. De fato, ela atribui as causas internas das doenças aos desequilíbrios da dieta e as sete emoções. Quarto, as drogas usadas na medicina chinesa podem ser individualmente moldadas para adequar aos sintomas do paciente em oposição às drogas ocidentais que são padronizadas e uniformes. E finalmente, o quinto, as fórmulas herbáceas chinesas não geram efeitos colaterais quando tomadas na quantidade apropriada, e a acupuntura também não provoca efeitos colaterais quando realizada por um médico qualificado
  A medicina chinesa basicamente auxilia na realização de dois objetivos: (1) remover a causa da enfermidade que se liga a energia patológica (ver outras postagens) e (2) revitalizar e reforçar a resistência natural do corpo às doenças que é ligada ao qi ou energia normal, Qi é a energia vital em circuito com o universo para o revigoramento da harmonia fisiológica. Em resumo, o intento da medicina chinesa - MTC é harmonizar o corpo para restauração e manutenção do balanço do qi.
  A ciência médica  ocidental é fragmentada e especializada , é baseada nos estudos experimentais da bacteriologia , fisiologia, farmacologia e pesquisa clínica. A identificação do nome da doença é desejável antes do tratamento e as drogas usadas são compostas principalmente de substâncias químicas e  sintéticas. Além das suas diversas drogas potentes, a medicina ocidental usa efetivamente a cirurgia para corrigir os danos devidos a trauma, desordens genéticas ou distúrbios orgânicos. A terapia é geralmente direcionada ao local da lesão e raramente para aumentar a nutrição. Usando instrumentos sofisticados e computadores para diagnosticar as desordens médicas, os médicos vêem o corpo humano com uma máquina, e a função da terapia como uma substituição ou reparo das partes malfuncionantes. Em outras palavras, a medicina ocidental foca exclusivamente sobre o local e o mecanismo de uma enfermidade. A medicina chinesa, por outro lado, centraliza no ajuste do organismo inteiro, ela é uma filosofia, assim como uma terapia do corpo e portanto, mais de abordagem sistêmica do que mecanicista.

A medicina chinesa presta especial atenção para queixas subjetivas do paciente e prescreve combinação dos pontos de acupuntura e fórmulas herbáceas nutritivas baseadas na totalidade dos sintomas objetivos e subjetivos. A constelação de sintomas é chamada de “conformação”. A medicina ocidental geralmente oferece um tratamento não específico ou supressivo para um vasto número de desordens funcionais enquanto que, a chave da medicina chinesa é a observação da função e o uso específico da combinação dos pontos de acupuntura das combinações herbáceas para os sintomas especificamente individualizados.
O diagnóstico precoce leva à prevenção de danos orgânicos permanentes e é na área da prevenção que a MTC também se destaca.De acordo com os médicos chineses, doenças diagnosticadas e tratadas precocemente pode ser de detidas de entrar em estágios mais avançados se não estiver em estágio terminal. Por exemplo, há uma ligação definida entre desordens aparentemente funcionais simples e o início de doenças orgânicas sérias como falência cardíacas, diabetes ou câncer. Especificamente, citemos os olhos hiperemiados (avermelhados). Os médicos ocidentais prescrevem uma loção para lavar os olhos avermelhados e irritados mas, os médicos chineses consideram como um sintoma de exacerbação de “fogo” no “fígado” e tentam diminuir o “fogo” pela administração oral de agentes orientados para o fígado como coptis e gardênia ou pela seleção de pontos de acupuntura com as mesmas funções. Outro exemplo é a pele pruriginosa, uma condição na medicina chinesa também associada com a “vitalidade” do “fígado”, cuidando do “fígado”, a pele melhora sozinha. Portanto, o “fígado” é o ponto focal para o tratamento. A medicina ocidental usaria preferencialmente uma loção dermatológica para tratar as enfermidades da pele, enfocando os sintomas localizados.
A medicina alopática ocidental se baseia nas drogas, cirurgias e quimioterapias para o tratamento, enquanto que, a medicina chinesa centraliza na acupuntura e nas fórmulas herbáceas prescritas de acordo com a teoria Yin-Yang e a teoria dos cinco elementos. (ver outras postagens)

Ela também regula a circulação do sangue, da  água e do Qi (energia vital) Os medicamentos herbáceos  ou fitoterápicos,são baseados na experiência empírica de milhares de anos sobre as enfermidades humanas. Os 70 por cento das fórmulas mais comunmente  usadas como  os pontos de acupuntura tem estado em uso por pelo menos 2000 anos. O que tem impedido a medicina chinesa de ser considerada uma ciência é que uma exaustiva investigação e um experimento clínico objetivo sobre a propriedade das ervas e da acupuntura têm sido conduzido numa escala muito limitada. Mais ainda, como apontou uma autoridade em medicina chinesa, tais pesquisas não são registradas porque o chinês vê pouca razão para gastar tal quantia de dinheiro para achar o que já sabe ha séculos a respeito da eficácia das fórmulas herbáceas e da acupuntura chinesa.
  A teoria médica chinesa provê explicações e tratamentos para desordens que a medicina ocidental é incapaz de diagnosticar ou explicar através dos métodos laboratoriais.
  A medicina chinesa é filosófica, sintética, holística, interna, conformatória, empírica, individual, preventiva, experimental, experiencial, humoral, subjetiva e natural.
A medicina ocidental é científica, analítica, tópica, cirúrgica, heteropática, teorética, preventiva, socializada, bacteriológica, experimental, celular, objetiva e química.

A teoria dos meridianos, que é um conceito  essencial na MTC é tratada com ceticismo por muitos profissionais da área de saúde ocidental porque não são nem vasos sangüíneos e nem parte do sistema nervoso, os meridianos não são anatomicamente verificados. Entretanto, para os médicos chineses, a sua existência é inegável. O estímulo adequado e acurado pela acupuntura em um ou vários pontos ao longo do meridiano apropriado geralmente resulta em restabelecimento.

28 de nov. de 2011

Dores crônicas afetam a vida sexual

MARIANA LENHARO

Entre as mulheres com dores crônicas, 75% têm algum tipo de disfunção sexual. Essa é a conclusão de um levantamento feito pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. O estudo mostra que, no caso dessas mulheres, a velha queixa de dor de cabeça não é apenas uma desculpa para evitar o companheiro, mas uma situação real em que a dor fala mais alto do que o desejo e a satisfação que fazem parte de uma vida sexual saudável.
A ginecologista Telma Zakka, do Centro Interdisciplinar de Dor do Hospital das Clínicas, já percebia que as dores crônicas transformavam a vida de suas pacientes, mas a partir do levantamento percebeu o impacto das dores na sexualidade. “O que mais me chamou atenção foi que elas diziam que evitavam ter relações, não por falta de vontade, mas porque sabiam que a dor aumentaria.”
Para a pesquisa, foram aplicados testes em 64 mulheres, das quais 29 não sentiam dor alguma e 35 sofriam de enxaqueca, fibromialgia, dores nas costas e na região pélvica. Em todos os aspectos avaliados – desejo, estimulação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor – o grupo com dor crônica mostrou resultados piores do que o grupo saudável. Das 35 mulheres com dor, 26 foram diagnosticadas com algum tipo de disfunção sexual.
Especialista em dor pélvica crônica, Telma alerta para a importância de o profissional de saúde abordar o assunto da sexualidade com essas pacientes. “Em uma consulta dificilmente se menciona a sexualidade. O médico fica constrangido de perguntar e a paciente também evita o assunto.”
Uma das mulheres envolvidas no levantamento, que preferiu não ser identificada, confirma que ninguém gosta de tocar no assunto da sexualidade. Durante quatro anos, ela sofreu de uma dor pélvica quase insuportável que nenhum médico conseguia diagnosticar ou tratar. “Quando não se consegue identificar o motivo da dor, dá pavor, medo, desespero”, conta. “A autoestima fica lá embaixo. Antes de uma relação, sempre me perguntava se ia doer.” Depois de um longo tratamento e livre das dores que a atormentavam, hoje ela avalia que deixou de se envolver em relacionamentos mais profundos por esse motivo.
A enfermeira Karine Azevedo São Leão Ferreira, diretora da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, observa que é comum que as disfunções sexuais que acompanham a dor crônica da mulher contribuam para o fim dos relacionamentos. “Essas mulheres não conseguem ter uma vida sexual ativa e seus companheiros, quando não entendem a situação, se separam e destroem a família”, diz.
Segundo ela, a abordagem clínica da dor crônica deve ser multiprofissional. “A sociedade não pode negligenciar o assunto, colocar barreiras e não falar sobre a sexualidade, extremamente importante para a qualidade de vida.”

ACUPUNTURA PARA DOR NO OMBRO (2)

Antes de falarmos sobre dores de ombro, precisamos falar sobre a importância desta complexa articulação.
É a articulação de maior amplitude do corpo humano.
Possui 3 eixos para movimentação do braço: transversal, ântero-posterior e vertical. Para conseguir realizar toda esta amplitude de movimento, o ombro precisa de mecanismos estabilizadores eficientes. Quando estes estabilizadores são comprometidos, resultam em dor e incapacidade funcional.
As principais patologias do ombro são:
• Síndrome do Impacto
• Ruptura do Manguito Rotador
• Tendinite Bicipital
• Tendinite Calcárea
• Capsulite adesiva
• Instabilidades: luxação e subluxação
• Traumas: fraturas e fraturas-luxação


SÍNDROME DO IMPACTO

É a causa mais comum de dor crônica no ombro.
É uma tendinopatia (alteração na espessura do tendão) que ocorre pela compressão do manguito rotador (estruturas anatômicas que compõe a articulação do ombro) e a cabeça longa do músculo bíceps, geralmente é o tendão do músculo supraespinhal. A tendinite do bíceps pode acontecer concomitantemente.
Esta Síndrome é evidenciada quando fazemos a elevação do braço maior que 90o: a resposta é dor! O Ultrasson ajuda a evidenciar quando há tendinite ou ruptura de tendão. A Ressonância Magnética pode ajudar em casos de cirúrgicos a extensão da ruptura de tendão.
É associada às lesões por esforços repetitivos e lesões no esporte (jogadores de voley, halterofilistas e goleiros). Na fase inicial, em que apresenta quadros de tendinite, o tratamento com medicação e reabilitação é eficaz. Em fases mais avançadas com ruptura de tendão, o tratamento é mais longo e apresenta melhora no quadro doloroso e parcial da função, sendo que em alguns casos, onde o paciente fica incapacitado para funções essenciais, é indicada a cirurgia.
Devemos lembrar que a cirurgia apresenta melhores resultados quando associada com um tratamento de reabilitação pré e pós operatório.


INSTABILIDADE GLENOUMERAL

A articulação glenoumeral, localizada no ombro, pode sofrer uma luxação ou subluxação. Isto ocorre por trauma ou frouxidão ligamentar (hipermobilidade).
Estas lesões são muito comuns em esportistas e trabalhadores braçais. Quanto mais jovem o paciente que sofrer a luxação, maior será a chance de ocorrer novamente. Nestes casos, a reabilitação não apresenta quadros satisfatórios e é indicado o tratamento cirúrgico. Nos indivíduos idosos a reabilitação tem resultados melhores.


TRATAMENTO COM ACUPUNTURA

A articulação do ombro é percorrida por meridianos específicos .A dor pode ser resultado de excesso de energia (que neste caso é energia patológica) geralmente decorrente de algum bloqueio ao fluxo da energia normal . Ou pode ser devida a falta de energia no local por comprometimento de algum dos orgãos que "cuidam" do ombro .Segundo os conceitos da Medicina Tradicional Chinesa , o orgão que "cuida" do ombro é o Pulmão , mas não é o pulmão da Medicina Ocidental e sim o Pulmão da MTC (Fei).Ver outras postagens.
O tratamento com Acupuntura tonifica o Pulmão e restabelece o fluxo energético dos meridianos,
é um tratamento muito eficaz e geralmente com melhora rápida (depois da tercera aplicação o paciente sente uma sensível melhora).
A duração do tratamento depende do diagnóstico da lesão mas geralmente após 10 aplicações acontece uma melhora clínica bem evidente.

Para saber mais :

Fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa

Aglomera não!