15 de mai. de 2018

Acupuntura em Idosos 1

Ao longo dos últimos 50 anos, a população brasileira quase triplicou: passou de 70 milhões, em 1960, para 190,7 milhões, em 2010. O crescimento do número de idosos, no entanto, foi ainda maior. Em 1960, 3,3 milhões de brasileiros tinham 60 anos ou mais e representavam 4,7% da população. Em 2000, 14,5 milhões, ou 8,5% dos brasileiros, estavam nessa faixa etária. Na última década, o salto foi grande, e em 2010 a representação passou para 10,8% da população (20,5 milhões), segundo censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 1960, de 2000 e de 2010.

A tecnologia e o avanço da farmacologia fez com que os portadores de doenças crônicas vivam mais tempo e assim sendo, surge um público com necessidades e cuidados específicos: a geriatria.
Essa faixa etária possui fisiologia e fisiopatologias próprias. O adoecimento do idoso vem com a própria idade, e de acordo com a exposição prolongada a fatores como poluição ambiental, estresse, alimentação desregrada durante toda a vida, uso de medicamentos por longo prazo e outras doenças existentes (comorbidades).
A Acupuntura alivia as dores crônicas e agudas e auxilia no manejo da dor quando a cirurgia é necessária, mas contra-indicada por vários fatores.
Para a Medicina Tradicional Chinesa, o envelhecer faz parte do ciclo da vida e as características energéticas como tristeza, apatia, ideias e comportamentos obsessivos (teimosia) podem fazer parte. Cuidar dos Órgãos e Vísceras (Zang Fu), mais comumente afetados, também melhora a qualidade de vida dessa faixa etária.

Veja as projeções de envelhecimento da população brasileira:

Fonte: https:www.center-ao.com.br

Acupuntura em Idosos 2




O mundo está envelhecendo. Nas últimas décadas, a terceira idade é o grupo populacional que mais cresce nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Mas o que significa envelhecer? Ficar mais velho não é apenas sentir o tempo passar; nem significa virar doente. Problemas de saúde podem aparecer, mas há soluções. Se tiverem hábitos saudáveis e procurarem se manter ativas física e intelectualmente poderão ter um envelhecimento saudável com boa qualidade de vida, minimizando as alterações próprias da idade e prevenindo doenças que incidem mais após os 60 anos.
O organismo do idoso tem menor capacidade de adaptação e demora mais tempo para recuperar-se que um organismo mais jovem. A incidência de várias doenças é maior nas pessoas com mais de 60 anos, e a presença de mais de uma doença é freqüente. O uso concomitante de vários medicamentos e a redução da função dos órgãos, em especial do fígado e dos rins, aumentam o risco de efeitos indesejáveis dos medicamentos e de intoxicações.
Essa é uma das razões porque a acupuntura potencialmente teria um papel importante no tratamento do idoso. Como ela praticamente não tem contra-indicação e tem efeitos benéficos na redução da dor, na ansiedade, no sono, nos sintomas de depressão leve entre outros, possibilitaria ao idoso reduzir a quantidade de medicação, diminuindo também os seus vários efeitos colaterais, como por exemplo a gastrite desencadeada pelos antiinflamatórios, proporcionando ainda uma melhor qualidade de vida.
A acupuntura é utilizada há milênios no tratamento de doenças. No idoso, especialmente no idoso frágil, o tratamento por acupuntura tem peculiaridades. Um dos principais preceitos de acupuntura recomenda aplicá-la conforme as condições da pessoa. Idosos frágeis e crianças devem ser agulhados com menor profundidade de inserção e por menos tempo. Estimulação excessiva pode cansar o paciente. A moxabustão, ou estimulação de pontos de acupuntura através de calor gerado pela queima de uma erva chamada artemísia, pode ser indicada para fortalecer o organismo.
Mas certamente Acupuntura ajuda sempre e resolve muitos casos.

Aglomera não!