8 de mar. de 2010

Estudantes de medicina querem Acupuntura e Homeopatia no seu curriculo

Da Redação, Agência USP

Uma pesquisa feita com 484 alunos de graduação da Faculdade de Medicina (FM) da USP revelou que 56% dos entrevistados estão interessados em aprender Acupuntura e Homeopatia. O estudo, publicado no São Paulo Medical Journal, aponta que 85% dos estudantes querem que as especialidades integrem os cursos médicos, seja de forma opcional (72%) ou obrigatória (19%). As duas disciplinas integram o currículo da FM desde 2002, como matérias optativas.

Coordenado pelo médico homeopata Marcus Zulian Teixeira, doutorando do Departamento de Clínica Médica da FM, o estudo avaliou as atitudes dos alunos diante da inserção da Homeopatia e Acupuntura no currículo. "No Brasil, apesar das duas especialidades serem oficializadas desde 1980 e 1995, elas não são ensinadas na maioria das faculdades de Medicina", explica. "Os futuros médicos são privados de práticas de baixo custo, sem efeitos colaterais e que podem ser usadas em inúmeras doenças crônicas."

Apesar de 76% dos entrevistados terem nenhum ou pouco conhecimento sobre Homeopatia e Acupuntura, 67% atribuíram algum grau de eficácia às terapêuticas, tendo como principais indicações as doenças crônicas, isoladamente (37%) ou englobando também as doenças agudas (29%). A pesquisa foi feita junto a alunos do primeiro ao sexto ano da FM, sendo 59% do sexo masculino e 40% do feminino.
Aplicação
Os entrevistados responderam um questionário sobre o interesse no aprendizado dessas práticas, forma de ensino, nível de conhecimento e forma de aquisição. Também foi perguntada a experiência com Acupuntura e Homeopatia em si próprios ou em pessoas próximas, principais indicações e eficácia geral, além da possibilidade de oferecimento e integração junto aos serviços públicos de saúde.

Entre os alunos pesquisados, 35% defenderam a incorporação da Homeopatia e da Acupuntura nos serviços públicos de saúde, enquanto que 34% defenderam a disponibilização também em hospitais. A possibilidade de integração com a prática médica tradicional é aceita por 60% dos entrevistados.

O levantamento confirma estudos semelhantes aplicados em outros países, que mostram o interesse dos estudantes de Medicina no aprendizado de práticas não-convencionais em saúde. "Os resultados apontam a necessidade de incorporação dessas disciplinas aos currículos das faculdades de Medicina do Brasil," conclui o coordenador

Fonte: Assessoria de Imprensa da FMUSP

Acupuntura reduz ondas de calor em pacientes com câncer de mama

Estudo mostrou que tratamento alternativo é tão eficaz quanto uso de medicamentos e ainda aumenta o desejo sexual
Um estudo realizado no Hospital Henry Ford mostrou que a acupuntura é tão eficaz quanto o tratamento medicamentoso, na redução das ondas de calor em pacientes com câncer de mama. Além disso, a terapia possui a vantagem de aumentar potencialmente o desejo sexual e pode ainda, melhorar a sensação de bem-estar.

Os resultados mostram que a acupuntura, quando comparada à terapia medicamentosa, tem um efeito mais duradouro sobre a redução das ondas de calor e suores noturnos nas pacientes que recebem a terapia hormonal para o tratamento do câncer de mama. As mulheres também relataram que a acupuntura aumenta a sua energia e clareza de pensamento.
"A acupuntura oferece aos pacientes uma opção segura, eficaz e duradoura de tratamento para os calores, algo que afeta a maioria dos sobreviventes de câncer de mama. Comparada à terapia medicamentosa, ela realmente tem mais benefícios do que efeitos colaterais", disse o autor do estudo Eleanor Walker, do departamento de oncologia do Hospital.

Walker e sua equipe também testou a prática no combate aos sintomas vasomotores de pacientes com câncer de mama, como uma alternativa à terapia medicamentosa.

Para comparar as duas opções, 50 pacientes foram recrutados em clínicas de oncologia. Os doentes foram separados aleatoriamente para receber tratamento de acupuntura ou Venlafaxina (Effexor), droga usada no tratamento medicamentoso, por 12 semanas. Um grupo tomou venlafaxina via oral a cada noite, 37,5 mg na primeira semana e depois 75mg nas 11 semanas restantes. O outro participou de sessões de acupuntura, duas vezes por semana, durante um mês e depois, uma vez por semana, nas oito restantes.

No final de 12 semanas todas interromperam o tratamento e foram monitoradas durante um ano. Elas mantiveram um diário para registrar o número e a severidade das ondas de calor, e participaram de pesquisas para medir a saúde geral e mental.

O estudo descobriu que ambos os grupos, inicialmente, experimentaram um declínio de 50 % nos calores e nos sintomas depressivos, indicando que a acupuntura é tão eficaz quanto o tratamento medicamentoso.

Contudo, as diferenças entre os grupos começaram a surgir duas semanas pós-tratamento: o da acupuntura continuou a experiência de ondas de calor em menor escala, enquanto o da terapia medicamentosa experimentou um aumento significativo das ondas de calor. O grupo da acupuntura não experimentou um aumento na frequência de suas ondas de calor, até três meses pós-tratamento.


Fonte: Isaude.net

Acupuntura e Dor nas costas

Pesquisadores alemães descobriram que a pseudo-acupuntura funciona tão bem quanto a real para dor lombar, e ambas são muito melhores que as terapias convencionais.

Quase metade dos pacientes tratados com agulhas de acupuntura sentiram alívio que durou por meses. Em contraste, apenas um quarto dos pacientes que receberam analgésicos e outras terapias ocidentais sentiram-se melhor.


“A acupuntura representa um tratamento efetivo e promissor para a lombalgia crônica”, disse o co-autor do estudo Dr. Heinz Endres da universidade de Ruhr, em Bochum, Alemanha. “O pacientes não somente tiveram redução da intensidade da dor, como também referiram melhoras na incapacidade resultante da dor crônica e, logo, de sua qualidade de vida.”

Num dos maiores experimentos para dor lombar feitos até hoje, mais de 1.100 pacientes foram aleatoriamente selecionados para receber acupuntura ou terapia convencional.
Após seis meses, os pacientes responderam a perguntas sobre a dor, capacidade funcional e foram dados escores para determinar o quão bem cada uma das terapias funcionou.


Na acupuntura real, 47% dos pacientes melhoraram. Na pseudo-acupuntura, 44% melhoraram. Na terapia convencional, apenas 27% conseguiram algum alívio.

“Nós ainda não entendemos os mecanismos desde supostos tratamentos alternativos, mas isso não significa que eles não funcionam!” disse o Dr. James Young, do Rush Medical Center, Chicago, que não está envolvido com a pesquisa.
Dr. Young frequentemente trata pacientes com lombalgia com acupuntura, combinada com exercícios de fortalecimento e alongamento.

Aglomera não!