| Crianças que sofrem com a popular dor de cabeça, ou mesmo  enxaqueca conseguiram mais resultados no tratamento com as agulhas.  Os vários tipos de cefaléias e enxaquecas infantis, muitas vezes  associados aos sintomas de outras doenças e distúrbios físicos e psicológicos,  são verdadeiros desafios para se conseguir um diagnóstico preciso logo na  primeira consulta médica. Identificar a enxaqueca na vida de uma criança encurta  o caminho para conseguir um controle e até mesmo, em uma visão otimista, a cura  desta doença que pode desencadear problemas no aprendizado e convívio social. Um  caso de enxaqueca infantil que tardiamente foi identificado fez o médico  acupunturista Hong Jin Pai refletir tanto nos vários casos de pacientes que  procuram a acupuntura como uma última alternativa, quanto na necessidade de  observar e examinar a criança para se ter um diagnóstico preciso. Seu paciente,  um garoto de 10 anos de idade, filho de profissional da saúde, antes de recorrer  à acupuntura, tomava antidepressivo e fazia tratamento psiquiátrico há três  anos, quando vários médicos constataram que seu problema era um tipo de fobia  social.  Geralmente quem fala pelas crianças durante as consultas médicas  são os pais, no caso deste paciente, a mãe relatou que o diagnóstico da  psicóloga que o tratava foi algo parecido com “ruptura de amor”. Durante as  sessões, o menino referiu ter sintomas de náuseas, vômitos, irritabilidade e  impaciência em permanecer na sala de aula, fato que ocorria já no início desta.  Em razão do uso de antidepressivos e da inatividade física, o paciente adquiriu  15 quilos, e passou a ter dor na região lombar direita, resultando em uma  diagnosticada “osteoartrite” do quadril, sendo indicado cirurgia de prótese do  quadril direito. “Inicialmente, com exceção da cirurgia de quadril, eu não tinha  dúvidas em relação ao diagnóstico, pois havia sido confirmado por vários  colegas”, comenta Hong, incluindo que durante os exames físicos notou pontos  dolorosos no trapézio direito, hipersensibilidade na área parietal direita e  observou, também, que o menino apresentava algum incômodo em relação à luz da  lâmpada da sala, chegando a confirmar a existência de sintomas de enxaqueca. Já  que a enxaqueca pode ser hereditária, outra questão considerada para concluir o  diagnóstico foi o fato da mãe também ser portadora de enxaqueca. O tratamento do  menino iniciou com duas sessões semanais, e logo nas duas primeiras semanas já  apresentou sensível melhora clínica para ser reduzido em uma sessão semanal  durante as cinco semanas seguintes. Após um ano livre de tratamentos, o paciente  encontra-se bem, iniciou atividade física e não apresenta mais sintomas de  enxaqueca e dor lombar. Exames radiológicos e complementares para avaliar o  quadril foram solicitados por questão de segurança, e constataram absoluta  normalidade.  As agulhas têm a função de estimular a produção e liberação de  substâncias que atuam no Sistema Nervoso Central. Com efeito antiinflamatório e  relaxante muscular, a eficácia da acupuntura é em torno de 80%, sendo por isso  um tratamento adequado para as enxaquecas e cefaléias em geral. Freqüentemente  os relatos dos pacientes confirmam que a ocorrência de crises diminui muito ou  até desaparece por um longo período do tempo. De acordo com a pediatra Marialda  Hofling de Pádua Dias, responsável pelo Departamento de Acupuntura do Instituto  da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo (ICr-HC), a acupuntura pode  controlar as crises de enxaqueca e até mesmo eliminá-las.“Há oito anos tive um  paciente de 11 anos que sofria com crises de enxaqueca que chegavam aos limites  da escala de dor. Essa história me surpreende porque ele nunca mais teve  problemas”. Antes de receber 12 sessões de acupuntura, o garoto foi a vários  prontos-socorros e, muitas vezes, os médicos suspeitaram que ele estivesse com  meningite.  Para a pediatra e acupunturista Célia Faelli, além da história  familiar de enxaqueca, que está presente em até 72% das crianças afetadas,  algumas comorbidades como epilepsia, síndrome do intestino irritável,  labirintopatia, depressão, transtorno bipolar, transtorno do pânico, fobia  social podem estar relacionada com enxaqueca. Outros fatores de importância são  os alimentares, alérgicos, ansiedade e tensão emocional e funcionam como agente  desencadeador da enxaqueca. “Sabe-se também que muitas crianças enxaquecosas são  perfeccionistas, extremamente exigentes de si mesmas. Ensinar-lhes novas  maneiras de enfrentar os desafios e diminuir a cobrança é uma forma de  ajudá-las”.  As técnicas de acupuntura para tratamento da enxaqueca, ou outras  doenças, incluem a auriculoterapia com sementes para aquelas crianças que têm  grande temor de agulha, ou como tratamento inicial até que se consiga conquistar  a criança para inserir as agulhas especiais que são mais finas, flexíveis e com  a ponta romba, muito diferente da agulha de injeção que é mais grossa,  inflexível e com a ponta cortada em bisel. Dispensar um pouco de tempo para  explicar o que a criança vai sentir e que tem a possibilidade de se retirar a  agulha, caso o desconforto seja muito grande, deixa a criança mais receptiva  para o tratamento. Geralmente, em crianças pequenas, as agulhas são inseridas,  manipuladas e imediatamente retiradas. Já nas que têm mais idade, podem ser  retidas por mais tempo. Com paciência, e uma boa técnica de inserção, a  acupuntura é viável em crianças.  Os especialistas recomendam que a criança que tenha dor de cabeça  mais de uma vez por mês seja avaliada por pediatra. Se necessário, ele a  encaminhará ao neuropediatra. Sabe-se que algumas situações provocam a  enxaqueca: estresse, nervosismo, excesso de exercícios físicos, distúrbio de  sono e sol em excesso podem acioná-la. Também alguns componentes químicos  incluídos em determinados alimentos provocam uma reação no cérebro e  desencadeiam a dor. Pesquisas identificaram o nitrito, o glutamato e a tiramina  como os vilões de enxaquecas causadas pela alimentação. A salsicha, por exemplo,  contém nitrito, substância química usada em seu conservante. O glutamato está,  entre outras coisas, em temperos e caldos prontos, como as utilizados na  culinária japonesa e chinesa. E a tiramina é encontrada em chocolates e queijos  brancos. Até o momento, não se sabe como, exatamente, essas substâncias agem  desencadeando a crise. No caso da enxaqueca, porém, acredita-se que uma  concentração anormal de neurotransmissores leva a mensagem de dor ao cérebro,  mas sem um motivo físico concreto. Os tratamentos variam de acordo com a  freqüência e a intensidade das crises. Quando fracas e espaçadas, um analgésico  e algumas horas de sono resolvem. Mas quando fortes e em intervalos curtos de  tempo, atrapalham o rendimento escolar e o lazer dos "baixinhos", o mais comum é  a adoção de tratamentos que duram de três a seis meses, com medicamentos capazes  de espaçar e amenizar as crises. Como a maioria dos medicamentos, esses remédios  também têm efeitos colaterais como ganho de peso, sonolência, baixa pressão  arterial e diminuição da freqüência cardíaca. Por isso, o tratamento deve ser  acompanhado de perto pelos médicos.  A acupuntura é uma boa terapia para essa doença porque muitas  medicações deixam os baixinhos com efeitos colaterais, e interferem nas  atividades esportivas além de aumento exagerado de peso, já no tratamento com as  agulhas não há efeitos indesejáveis. Fonte: CEIMEC (CENTRO DE ESTUDO INTEGRADO DE MEDICINA CHINESA) | 
Dra.Graciela Alicia Martínez RUA CATHARINA SIGNORI VICENTIN, 637 H - CIDADE UNIVERSITÁRIA CAMPINAS Fone 19- 33657549 WhatsApp 19-989232686
25 de nov. de 2011
Acupuntura trata cefaléias e enxaqueca infantil
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